Representando o governador Wilson Lima, o vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, recebeu, na tarde desta terça-feira (15/08), em seu gabinete, uma comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A reunião marcou o início das discussões em torno de um planejamento estratégico focado em tornar o estado integralmente reconhecido, no âmbito internacional, como zona livre de febre aftosa sem vacinação.
Desde 2021, 14 municípios amazonenses possuem a certificação de área livre de febre aftosa sem vacinação concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). A conquista foi resultado das ações do Governo do Amazonas para o fortalecimento do setor primário. Visando acessar novos mercados para exportação de carne, o Governo Federal almeja o fim da vacinação contra a doença de maior impacto na pecuária mundial até 2025.
Durante a reunião, o vice-governador, membros do Estado e representantes do Mapa discutiram, ponto a ponto, propostas de reforço a medidas dentro do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA 2017-2026). O planejamento debatido inclui, também, ações de erradicação de focos da praga monilíase que atinge as plantações de cacau e cupuaçu.
“O Amazonas avançou muito no setor primário nos últimos anos. O estado sanitário melhorou muito. Desde 2021, nós temos 14 municípios livres da vacinação da febre aftosa e a gente está evoluindo. Há um planejamento e o Amazonas vai se dedicar a se enquadrar em determinados requisitos dentro do plano nacional de erradicação da febre aftosa. Possivelmente, teremos boas notícias nos próximos meses”, declarou Tadeu de Souza.
Para o secretário nacional de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart, os esforços do Amazonas para deixar de imunizar rebanhos contra a febre aftosa serão fundamentais para que o Brasil consiga receber o status da OIE nos próximos anos. A expectativa é pela abertura de novos mercados para a carne nacional, ampliando as exportações brasileiras para novos países.
“A reunião de hoje mostra a importância do diálogo entre a União e os Estados, o reforço positivo que nós trazemos nas políticas públicas e o quanto o Estado tem a ganhar fazendo parte desse processo nacional de melhoria do estado sanitário. Tem só a ganhar o estado do Amazonas com esse engajamento”, avaliou o representante do Mapa.
Estiveram presentes à reunião os titulares da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), Petrúcio Magalhães Júnior, e da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), José Omena; além do superintendente federal de Agricultura e Pecuária no Amazonas, Guilherme de Melo Pessoa, e o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Eduardo Azevedo.
Atualmente, a vacinação contra a febre aftosa ainda é obrigatória em 41 municípios do estado. O último foco da doença foi detectado há quase 20 anos, em 2004, no município Careiro da Várzea (a 25 quilômetros de Manaus). A febre aftosa é causada por um vírus altamente contagioso, que põe em risco a saúde de animais de produção – como bovinos, suínos, caprinos e ovinos – e ameaça a economia local.