Empresas do PIM são responsáveis por manter uma das mais importantes fundações educacionais de tempo integral da Amazônia
No dia do estudante, o senador Omar Aziz (PSD-AM) aceitou o convite da Fundação Matias Machline para conversar com os mais de mil alunos da instituição e conhecer as instalações da escola que ajuda a formar o futuro do País. Acompanhado do pré-candidato a deputado federal, Pauderney Avelino, e do ex-superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, Omar falou aos jovens sobre a importância da luta para manter os incentivos e empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM), que financiam 100% as operações da escola de tempo integral.
O engenheiro eletrônico, Sung Un Song, controlador do Grupo Digitron, é o atual mantenedor da escola e explica que, apesar dos alunos não pagarem nada para estudar, toda a estrutura demanda um custo anual de R$ 15 milhões. “Esse custo é mantido pelas empresas parceiras do distrito, que aportam parte das verbas de P&D para esse projeto social, sem nada de retorno financeiro. A importância do Polo Industrial para Manaus e para o Amazonas é vital, é crucial. Muito se discute essa questão de que o modelo está velho, mas em vez de falar em acabar, vamos avançar, vamos colocar mais um polo, investir em novos segmentos”, ressaltou Song.
“Quando falamos em manutenção dos incentivos e das vantagens comparativas da Zona Franca para as empresas não saírem daqui, não é só pelos empregos que deixam de ser gerados, o que já é grave. Mas é também por toda uma cadeia econômica e social que a indústria local faz funcionar. Se essas empresas saem daqui e vão para outro estado ou país, são mais de mil alunos que vão deixar de ter um ensino de qualidade, de ter uma refeição de qualidade garantida e uma perspectiva para o futuro profissional”, alertou Omar.
Consultor tributário e profundo conhecedor do modelo Zona Franca, Thomaz Nogueira ratificou que ao afetar a competitividade da industrial local, iniciativas como a Fundação Matias Machline podem ser duramente prejudicadas. “A verba de P&D é algo que as empresas podem investir em projetos próprios, mas, quando as empresas aportam essa verba de P&D, aqui é zero o retorno para elas, o investimento é mais por todo o aspecto social. Aqui, a Fundação está entregando educação para essas crianças, de iniciativa das próprias empresas, mas que também contou com um grande trabalho de convencimento do Sung junto às indústrias”, destacou Nogueira.
A Fundação Matias Machline é um projeto social de educação sem fins lucrativos, que já soma 36 anos de operação, oferecendo os cursos de nível médio técnico nas áreas de eletrônica, mecatrônica e informática. Além disso, os mais de mil alunos têm direito a três refeições diárias, fardamento, material didático, acompanhamento médico e odontológico. Ao todo, a Fundação possui 24 turmas, sendo 95% dos estudantes oriundos da rede pública.
Atualmente, todo o recurso para manter a escola de tempo integral vem do Polo Industrial de Manaus (PIM), de empresas como a Digitron (mantenedora), Salcomp, Samsung, TPV, LG e Motorola, entre outras.
Fotos: Tadeu Rocha
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