O governador Wilson Lima reforçou o discurso de governadores da região em buscar apoio do Governo Federal para pautas comuns que beneficiem a população amazônica. O posicionamento foi dado em encontro virtual do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, na segunda-feira (09/01), agendado de forma preparatória para a reunião que haverá no fim do mês de janeiro entre os chefes do executivo de cada estado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“O momento é que, juntos, a gente possa trabalhar para dar melhorias à população. No nosso caso, entendendo a vida de quem mora na Amazônia e ajuda a proteger nossas florestas. É preciso avançar na questão do desmatamento ilegal zero, mas também devemos dar condições de subsistência a essas pessoas”, destacou Wilson Lima aos colegas governadores da região.
Na reunião, a primeira presidida pelo novo gestor do Consórcio, o governador do Pará, Helder Barbalho, Wilson Lima sugeriu que é preciso investir na questão da regularização fundiária, na colaboração para operações na área de fronteira e no desenvolvimento regional.
As sugestões dadas pelos governadores, segundo o presidente do Consórcio, servirão de base para um alinhamento entre representantes de diretórios regionais do país com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, antecedendo o encontro com o presidente da República.
O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal (CAL) é formado pelos nove estados amazônicos: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Os nove estados representados no Consórcio Amazônia Legal ocupam 59% do território brasileiro, com uma população de mais de 29,3 milhões de pessoas.
Decisão judicial
Ainda na reunião, o governador Wilson Lima reforçou o cumprimento da decisão judicial proferida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para a retirada de pessoas acampadas em frente aos quartéis nos estados. No caso do Amazonas, em frente ao Comando Militar da Amazônia (CMA).
“Temos um pequeno acampamento em frente ao CMA e estamos cumprindo a decisão, da forma mais pacífica possível, para a retirada dessas pessoas, com o auxílio do município, órgãos federais e Exército”, informou Wilson Lima aos governadores após repudiar os atos de destruição do patrimônio público ocorridos em Brasília (DF) ainda no domingo (08/01).