governador Wilson Lima apresentou, nesta segunda-feira (9/10), um balanço dos trabalhos de combate às queimadas no estado, que já chegam a quase 2 mil incêndios combatidos pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) e equipes de apoio. Ele vistoriou a atuação da tropa em uma área de mata no distrito de Cacau Pirêra, em Iranduba (a 27 quilômetros de Manaus), onde focos de queimadas foram controlados.
Durante visita à unidade do Corpo de Bombeiros no município, Wilson Lima agradeceu o empenho dos militares no combate às queimadas. A base foi inaugurada em 2022 e está localizada no quilômetro 8 da rodovia AM-070.
Entre 12 de julho e 8 de outubro, quase 2 mil incêndios já foram combatidos no estado, sendo 631 na capital e 1.345 no interior. Além disso, de janeiro até este início de outubro, já são 16.219 focos de calor detectados, sendo 55,8% (9.126) no sul do Amazonas e 12,6% (2.032) na região metropolitana de Manaus.
“Nós já combatemos 1.976 focos de incêndio, eles aumentam significativamente no fim de semana. Só para vocês terem ideia, ontem (domingo, 8/10), foram 97 focos de incêndio combatidos. A gente já conseguiu dar uma resposta muito significativa nessa região, principalmente ali no Cacau Pirêra, que era um local que era preocupação nossa”, afirmou o governador Wilson Lima.
A atuação dos bombeiros é reforçada por agentes federais. O Governo do Amazonas recebeu, no dia 2 de outubro, o apoio de 23 agentes do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). Esses agentes já estão atuando com suporte no combate ao incêndio do Distrito de Cacau Pirêra, em Iranduba.
O governador reforçou, ainda, que o Governo do Amazonas tem atuado com rigor no combate às queimadas ilegais. Até o início deste mês, já foram aplicadas multas que, somadas, ultrapassam R$ 17 milhões, segundo o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam).
Wilson Lima se reuniu também, em Iranduba, com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, coronel Orleiso Muniz, e os secretários de Estado de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, e de Segurança Pública, coronel Vinicius Almeida.
Suporte de aeronaves
O Governo do Amazonas já conta com o apoio de quatro aeronaves para intensificar o combate aos incêndios. Uma foi cedida pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e outra pelo Governo do Distrito Federal.
O helicóptero vindo de Mato Grosso do Sul conta com o equipamento de bambi-bucket que tem capacidade de despejo de 550 litros de água. Já a aeronave vinda do Distrito Federal é no modelo Airtractor com capacidade para transportar 3,1 mil litros de água por viagem, sendo reabastecida com apoio de um caminhão-tanque do CBMAM.
Há, também, uma aeronave cedida pela Marinha, equipada com bambi-bucket com capacidade de despejo de 300 litros de água. Outra aeronave do Governo do Amazonas, do Departamento Integrado de Operações Aéreas (Dioa) da Secretaria de Segurança Pública (SSP/AM), é empregada no transporte dos combatentes às áreas de difícil acesso.
Força-tarefa em Iranduba
Desde o dia 25 de setembro, o Corpo de Bombeiros realiza uma força-tarefa de combate a um incêndio em uma área de mata com, aproximadamente, três quilômetros no Distrito de Cacau Pirêra, em Iranduba. Ao todo, mais de 40 bombeiros estão atuando.
Com as aeronaves, está sendo realizado o suporte aéreo com despejo de água e transporte de militares para o local, tendo em vista que a área é de difícil acesso.
“Desde julho, nós já fizemos um enfrentamento de quase dois mil focos de queimadas, a grande maioria ali no sul do Amazonas. Estamos empregando todo o efetivo qualificado, com viaturas, com equipamentos de proteção individual para a gente fazer o trabalho, o enfrentamento o mais efetivo possível. E o governador está na fronte também conosco, está na linha de combate e tem dado o apoio necessário para o Corpo de Bombeiros desenvolver as suas ações”, reforçou o comandante do CBMAM, Cel. Orleilso Muniz.
Equipes
Atualmente, o Corpo de Bombeiros tem realizado o combate às queimadas, por meio das operações Tamoiotatá, Aceiro e Céu Limpo, com foco na região metropolitana e Sul do Amazonas, que concentram a maior quantidade de focos.
São mais de 500 agentes estaduais, entre bombeiros, policiais civis e militares, agentes do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), fiscais do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), homens da Força Nacional, além de brigadistas contratados pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema), atuando no combate ao desmatamento e às queimadas ilegais no estado.