Um terceiro veículo envolvido no suposto racha que terminou na morte de Odorico D’Ávila, 58, e Yasmin Marques, 19, surgiu como novo ponto de investigação para a Polícia Civil do Amazonas. Imagens de câmeras de segurança revelaram que, além do Polo e da Amarok já identificados, um Volkswagen Up também trafegava em alta velocidade na Avenida do Turismo, Zona Oeste de Manaus, minutos antes da colisão fatal registrada no domingo (16).
Os vídeos, captados por câmeras da empresa Dunorte, mostram uma sequência de veículos passando em alta velocidade pela via: primeiro surge o Up, seguido de perto pelo Volkswagen Polo e, logo atrás, pela picape Amarok. Os dois últimos já haviam sido apontados como participantes do suposto racha que culminou no acidente, mas a presença do terceiro carro abre uma nova linha de investigação.
A colisão ocorreu quando a Amarok atingiu um Fiat Siena que não participava da disputa. No veículo estava Odorico, que morreu na hora. Yasmin, que estava no Polo, foi arremessada para fora do carro e também teve morte imediata. Outros ocupantes foram socorridos e encaminhados a hospitais da capital.
Prisão preventiva e buscas pelo terceiro condutor
Com o avanço das apurações, o motorista da Amarok, Luiz Gustavo da Silva Lima, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do Amazonas durante Audiência de Custódia realizada na segunda-feira (17). Ele segue detido após o juiz Rivaldo Norões converter o flagrante em prisão preventiva, acompanhando o parecer do Ministério Público.
O outro motorista diretamente envolvido, Renan Maciel, condutor do Polo, permanece internado sob escolta policial e ainda não foi apresentado à Justiça para avaliação da situação prisional.
Enquanto isso, a Polícia Civil continua trabalhando para identificar quem dirigia o Volkswagen Up flagrado nos vídeos e entender qual foi sua participação na dinâmica do racha.
A Delegacia Especializada em Acidentes de Trânsito (DEAT) coordena a investigação para reconstruir a sequência dos fatos e definir a responsabilidade criminal de cada participante.
A polícia trata o caso como racha com resultado de morte, e os suspeitos podem responder por homicídio com dolo eventual, quando o motorista assume o risco de causar o resultado fatal.
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