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AMAZONAS ENERGIA

Vegetação próxima à rede elétrica pode interromper distribuição de energia

Concessionária monitora 40 mil quilômetros para manter o serviço funcionando

No estado situado no meio da maior floresta tropical do mundo, a vegetação é presença permanente ao longo dos mais de 8 mil quilômetros de rede elétrica na capital e dos 35 mil quilômetros no interior. Para manter a segurança de todos, a Amazonas Energia realiza permanente serviço de “desobstrução” destas redes, pois o balanço ou queda dos galhos em cima dos fios pode ocasionar riscos à população.

“Uma única árvore é capaz de interromper a distribuição de energia para milhares de casas e empresas. Uma trepadeira, por exemplo, pode se enroscar nos fios e afetar até o transformador. Os cuidados são redobrados em áreas próximas a subestações, porque alimentam grandes regiões da cidade”, esclareceu Thiago Côrrea, Coordenador do Departamento de Manutenção.

Regularmente, inspetores de campo circulam pela capital (dois na área urbana e um na área rural), observando se o crescimento das árvores representa uma ameaça. Como grande parte da cidade possui cabeamento antigo, chamado de rede “nua” (sem proteção dos fios), o material está mais suscetível ao toque. “Os novos cabeamentos, que estão sendo implantados agora pela concessionária, possuem fios isolados por borracha especial, conseguem transferir energia sem oscilação. No futuro, o número de podas será menor, porque a fiação nova convive melhor com a vegetação”, ponderou o Corrêa.

As demandas por podas também chegam por meio do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) 0800 701 3001 e pela contribuição consciente dos funcionários da concessionária que, ao verificarem copas de árvores trazendo risco para a fiação, informam ao setor competente para tomar as devidas providências.

Rotina

As demandas se transformam em Ordens de Serviço (OS), que são direcionadas para as equipes de campo. Elas avaliam a situação. Se for constatada a necessidade de poda e a concessionária obtiver a autorização dos órgãos públicos, o serviço entra numa escala cronológica de execução, que pode levar até 30 dias. Em casos emergenciais – como temporais que levaram a queda de árvores e galhos, partindo os fios – a concessionária age imediatamente. A retomada do serviço é sempre prioritária.

O trabalho é mais intenso no verão (junho, julho e agosto) porque o período chuvoso representa risco eminente de acidentes durante atividades envolvendo energia, mas o acompanhamento do crescimento das árvores é constante, independente da época do ano. No verão, as plantas de grande porte chegam a crescer 15 centímetros. Já no inverno, elas disparam e podem avançar até 30 centímetros.

As podas não são executadas no sentido de eliminar as copas por completo. São “limpezas” preventivas. Os galhos são cortados de forma que fiquem distantes um metro da rede nua. As equipes especializadas em podas utilizam caminhões que chegam a alturas de 14 e 18 metros para cortar somente o que for perigoso e descartam os resíduos em trituradores para não deixam sujeira no local.

Supressão

Em casos extremos, a única alternativa é a supressão (retirada) da árvore para evitar acidentes. O Corpo de Bombeiros e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) são acionados para realizar o serviço. “Quando há deslizamento de terra, a Amazonas Energia atua em conjunto com a Defesa Civil. Enquanto a concessionária cuida da desativação da rede, o setor público fica responsável pelos cuidados com os moradores”, explicou Thiago Côrrea.

Nos ramais, as equipes da concessionária só atuam nos locais que permitem a trafegabilidade dos caminhões. É comum, nessas regiões, a perda do sinal telefônico. Nestes casos, um motoqueiro é enviado ao local da execução do serviço para verificar se a equipe encontra-se bem.

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