A viúva do empresário Leandro Troesch, encontrado morto dentro de um dos quartos da Pousada Paraíso Perdido, chegou em Salvador, teve a prisão temporária mantida pela Justiça após uma audiência realizada nesta quinta-feira (12).
Shirley da Silva Figueredo foi presa na segunda-feira (9), na cidade de Iaçu, que fica a cerca de 280 km de Salvador. No mesmo dia, ela foi encaminhada para a capital baiana.
A viúva de Leandro Troesch é suspeita de envolvimento na morte do marido. Shirley foi detida por descumprir as medidas de prisão domiciliar.
Ela já havia sido condenada a nove anos de detenção por participar de um crime de extorsão mediante sequestro, junto com o marido, em 2001. Ela estava em prisão domiciliar e fugiu após a morte do empresário, ocorrida em fevereiro deste ano.
Leandro foi encontrado morto dentro da própria pousada, que fica em Jaguaripe, no baixo sul da Bahia. A polícia acredita que Shirley tem envolvimento na morte do então companheiro, e informou que a prisão dela “vai ajudar a esclarecer as circunstâncias da morte do empresário”.
Segundo a Polícia Civil, Shirley foi apresentada na sede do Departamento de Polícia do Interior (Depin) no Centro de Salvador.
A audiência de Shirley foi virtual e aconteceu na Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca), onde ela está à disposição da Justiça. A suspeita deve ser transferida para o Presídio Feminino.
Participação de Maqueila Bastos
A investigada foi solta no dia 22 de abril, porque a Justiça decidiu não manter a prisão dela, por falta de provas. Na época, o g1 teve acesso ao inquérito policial onde Maqueila revelou que teve um relacionamento amoroso com Shirley. Ela disse ainda que Leandro sabia da relação.
Entenda o caso
Em depoimento à polícia, a viúva disse que estava no banheiro e somente ouviu o barulho do tiro. Dias depois da morte de Leandro, no início de março, Marcel da Silva Vieira, conhecido como Billy, que era o “braço direito” do empresário, foi assassinado a tiros e tinha marca de golpes de faca no corpo.
Ele era uma testemunha fundamental na investigação. Marcel, que tinha envolvimento com drogas, foi morto no dia 6 de março, às vésperas de ser ouvido pela polícia, no distrito de Camassandi, que também fica em Jaguaripe.
O homem, que era funcionário de confiança de Leandro, prestou depoimento logo após a morte do empresário, mas seria ouvido, mais uma vez, no dia 7 de março.
O delegado Rafael Magalhães, que investiga o caso, afirmou que o cofre da pousada foi esvaziado e que o local do crime foi alterado, após a morte de Leandro.