Amazonas – O Rio Negro, em Manaus, registrou nesta segunda-feira (30/9) o nível de 13,19 metros, ficando apenas 49 centímetros acima do recorde histórico de seca de 2023, quando atingiu 12,70 metros no dia 26 de outubro. A rápida descida do nível das águas preocupa especialistas, que temem que a marca do ano passado seja superada nas próximas semanas. Veja vídeo: Tocador de vídeo 00:00 01:19 Comparado ao mesmo período de 2023, o cenário é alarmante. No ano passado, o nível do rio era de 15,66 metros, o que revela uma queda acentuada de 2,47 metros em apenas 12 meses. Esse declínio tem agravado os impactos da estiagem em toda a região, com reflexos diretos na vida dos moradores, da fauna aquática e na economia local. Situação de emergência Diante da situação crítica, Manaus já está em estado de emergência. Um dos principais pontos turísticos da capital, a praia da Ponta Negra, foi interditada para banho devido ao baixo nível das águas. A paisagem mudou drasticamente, com uma nova faixa de praia emergindo ao longo da orla, antes coberta pelo rio. Além disso, bancos de areia surgiram no meio do leito, dificultando o tráfego de embarcações, que precisam se afastar das margens para evitar encalhes. A redução no nível do rio também afeta o abastecimento de água e o transporte fluvial, essencial para muitas comunidades na Amazônia. Previsões para 2024 Especialistas de órgãos ambientais alertam que a seca deste ano pode ser tão severa quanto, ou até pior, que a de 2023. O secretário adjunto da Defesa Civil do Amazonas, coronel Clóvis Araújo, destacou que a seca do ano passado atingiu seu pico em meados de outubro, mas as previsões indicam que o ponto mais crítico de 2024 pode ocorrer antes. “O cenário é alarmante. Estamos observando uma redução muito rápida no nível do rio, e há grande chance de que o ponto mais crítico chegue antes de outubro”, afirmou Araújo. As autoridades seguem monitorando a situação, enquanto se preparam para o agravamento da estiagem e seus impactos
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