Os restos mortais do cantor Claudinho, que fazia dupla com Buchecha, desapareceram do túmulo no cemitério Memorial do Carmo, na zona norte do Rio de Janeiro.
A informação foi confirmada pela viúva do cantor, Vanessa Alves, na sexta-feira (16). Claudinho morreu em um acidente de carro em julho de 2002.
De acordo com as informações, Vanessa descobriu que a administração do local removeu o ossário de Claudinho da sepultura, sem o conhecimento e consentimento da família.
A viúva do cantor acionou a Justiça depois da descoberta. Ela informou que só ficou sabendo que haviam mudado o nome da pessoa que estava enterrada no jazigo através de um vídeo no YouTube, de um fã que foi visitar a sepultura.
Ao ver as imagens, Vanessa percebeu que outra pessoa estava enterrada no lugar do marido. Em seguida, ela procurou a administração do cemitério e foi informada que o corpo de Claudinho tinha sido exumado.
Na época do falecimento do artista, a gravadora Universal Music, que gerenciava a carreira da dupla, disponibilizou o espaço, doando-o para os parentes de Claudinho. No entanto, ao questionar o que havia ocorrido, Alves levou um susto.
“Me informaram que fizeram a exumação após tentar contato com a família por telegrama. (…) Fique muito triste. Por ser um jazigo perpétuo, eles não deveriam abrir”, contou Vanessa.
Segundo o colunista, Alessandro Lo-Bianco, espaço foi vendido clandestinamente para outra família.
“Os restos mortais do cantor não mais se encontravam em seu devido jazigo e sim de outra pessoa, diante de uma realidade perturbadora, que não apenas viola o direito à memória e ao luto, mas também expõe falhas graves no gerenciamento dos espaços cemiteriais”, pontua um trecho da ação judicial.
O caso está sendo investigado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e define o caso como “extremamente grave” apontando uma possível “máfia de cemitérios”.
Fonte: D24am.