O presidente russo, Vladimir Putin, decretou, nessa quinta-feira (5), um cessar-fogo na Ucrânia durante o período do Natal ortodoxo. Contudo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acredita que a trégua é uma hipocrisia de Moscou e que qualquer suspensão temporária dos combates só será possível quando os russos se retirarem do território ocupado.
O cessar-fogo ordenado pela Rússia para o Natal ortodoxo começa nesta sexta-feira na Ucrânia. É a primeira grande trégua desde o início da invasão, mas interpretada por Kiev e os aliados como uma vontade de Moscou de ganhar tempo.
“Agora, querem usar o Natal como disfarce para, pelo menos, interromper brevemente o avanço dos nossos homens no Donbass e trazer equipamentos, munições e militares para mais perto das nossas posições”, comentou o presidente ucraniano em seu discurso habitual, por vídeo, ontem à noite.
“O que é que isso trará? Apenas mais um aumento no número de mortos”, acrescentou Zelensky. “Toda a gente sabe como é que o Kremlin usa o cessar-fogo para continuar a guerra com vigor renovado”.
Mas, para pôr fim ao conflito mais rapidamente, nas palavras de Zelensky, não é necessário um cessar-fogo. Ele lembrou que o “terror nos territórios ocupados continua” e destacou que “acabar com a guerra é acabar com a agressão ao seu Estado”.