Nesta sexta-feira (14), o fundador e presidente do grupo Lótus Corporate, Jorge Luiz Guimarães de Araujo Dias, teve a empresa alvo de investigação da Polícia Federal após denúncias de golpes contra mais de 200 servidores públicos em Manaus, e também em outras cidades do Brasil como Rio de Janeiro, Belém, Boa Vista e Natal. Com esse golpe, o grupo movimentou mais de R$ 156 milhões e lavou muito dinheiro com atividades diversas. Farley Felipe de Araujo da Silva seria sócio direto de Jorge.
No contrato que a empresa prometia, os servidores faziam um empréstimo, repassavam o valor para Lótus e a empresa pagava uma comissão de até 12% para o cliente. Com isso, eles quitariam a dívida feita pelo servidor.Tal contrato teria durabilidade de um ano e mensalmente a Lótus pagaria as parcelas, até pagar o valor total do empréstimo. No entanto, os servidores começaram a receber cobranças de bancos referente a parcelas em atraso, mostrando que a Lótus estava “sumindo” com o dinheiro.
Lavando dinheiro
O grupo ligado à Lotus usava o lucro do golpe para promover outras atividades econômicas diversas, que iriam desde a realização de shows em Manaus com contratações nacionais, até compra e venda de veículos e imóveis. A empresa Royals Entretenimento era a responsável por trazer os shows e lavar parte do dinheiro dos golpes. Ela inclusive está no nome de Farley Felipe de Araujo da Silva, que é bastante conhecido na cidade, e tem inclusive Jorge como sócio. Essa mesma empresa já havia sido alvo do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) por estelionato em março deste ano.
“Envolviam desde à promoção de eventos a fim de divulgar suas atividades, a exemplo da realização de shows com atrações nacionais na cidade de Manaus/AM, campeonatos de pescaria, patrocínio de equipe de e-sports, até a compra e venda de automóveis”, afirmou a PF.
Donos da Lótus eram tidos como “jovens promissores” nas redes sociais
Jorge Luiz Guimarães de Araujo Dias explodiu em páginas de fofocas em 2021 que elogiavam e vendiam sua imagem como a de “jovem da comunidade que virou um grande empresário”. Quando Jorge Dias tinha 18 anos, alguns blogs elogiam o jovem por ter sido proprietário de uma sorveteria, ter estagiado em Engenharia de Produção e viajar o mundo conhecendo outras culturas.
Na época, Jorge Dias disse: “Comecei fazer faculdade particular de Engenharia de Produção, mas não terminei. Parei no sétimo período porque surgiu uma oportunidade de ir para Manaus abrir uma empresa de investimentos. Eu nunca tive medo de arriscar, então, não pensei duas vezes pra correr atrás do novo negócio”.
Naquele tempo, segundo matéria paga pelo próprio Jorge ao site Observatório dos Famosos, ele havia acabado de abrir a Lótus e iniciava com seu amigo, Farley Felipe De Araújo Da Silva.
Tanto Farley, como Jorge, ostentavam uma vida luxuosa nas redes sociais e eram considerados exemplo de superação.
FONTE: CM7