O homem de 52 anos, preso na quarta-feira (14) por estuprar o próprio filho, dos 7 aos 9 anos, também obrigava a criança a estuprar uma menina de 11 anos, do ciclo familiar. O homem que ainda filmava os abusos sexuais, coleciona histórico de importunações sexuais contra adolescentes no próprio ambiente de trabalho, uma escola.
De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), a vítima morava com o pai e a madrasta, e foi vítima dos crimes nesse período. A criança só ia visitar a mãe uma vez por mês. O crime começou com o pai mostrando vídeos para a criança.
“Começou mostrando vídeos pornográficos e obrigando a criança a assistir suas relações íntimas com a companheira, madrasta do menino. Achando pouco, obrigava o menino a repetir os atos abusivos com uma menina de 11 anos, do ciclo familiar, e ainda por cima gravava o crime, produzindo mídias pornográficas que provavelmente abastecerão o mercado obscuro da pedofilia”, disse a delegada.
Joyce esclareceu que o crime foi denunciado pela mãe, após revelação da madrasta.
“O crime foi denunciado em junho deste ano, quando a mãe do menino recebeu uma ligação da madrasta, comunicando as agressões sofridas pelo filho. A mãe também ligou para uma ex-companheira do homem, que confirmou que a criança havia sido abusada sexualmente por ele”, explicou a delegada.
Após tomar conhecimento dos fatos, a mulher buscou a delegacia e denunciou o indivíduo.
“Esse caso é extremamente complexo, porque inclui outras figuras típicas, pois o genitor forçava a criança a cometer esses atos com uma menina de 11 anos. Com relação a essa vítima, as investigações ainda estão em andamento”, esclareceu Joyce.
“Se ainda fosse pouco, ele coleciona um histórico de importunações sexuais contra adolescentes no próprio ambiente de trabalho, uma escola”, disse a delegada indignada.
A autoridade policial relatou que na delegacia, a vítima confirmou os crimes e disse que era agredida fisicamente quando negava os abusos. Segundo a delegada, foi instaurado um Inquérito Policial (IP) para investigar o fato, e concluído que além do estupro de vulnerável, o indivíduo praticava violência doméstica e também filmava os abusos sexuais, o que configura o crime de pornografia infantil
“Com base nisso, saímos em busca do suspeito, mas ao saber que havia sido denunciado, ele fugiu do endereço. Após isso, representamos à Justiça pela prisão preventiva dele, que foi concedida pelo Poder Judiciário”, informou.
“Nós iremos fechar os dois inquéritos policiais, o relacionado ao filho e o da adolescente que era importunada por ele”, disse a delegada.
Procedimentos
O indivíduo responderá por estupro de vulnerável, lesão corporal dolosa, corrupção de menores e pornografia infantil. Ele será encaminhado à audiência de custódia e ficará à disposição do Poder Judiciário.
Fonte: D24am.