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Manaus entra em cota de inundação após Rio Negro atingir 27,92m nesta terça-feira (6)

Manaus – Manaus entrou oficialmente em cota de inundação nesta terça-feira (6), com o Rio Negro atingindo 27,92 metros. O nível do rio ultrapassou a marca de 27,50 metros, considerada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) como o limite para o início da fase de inundação. O novo cenário já gera apreensão entre moradores das áreas ribeirinhas e autoridades locais. A mudança drástica ocorre apenas seis meses após a região registrar a pior seca de sua história, quando, em outubro de 2024, o Rio Negro chegou a apenas 12,11 metros. À época, comunidades inteiras ficaram isoladas, com graves impactos sociais, ambientais e econômicos. Agora, os riscos vêm da cheia, que pode afetar novamente milhares de pessoas — dessa vez, pela água em excesso. Tocador de vídeo 00:00 00:44 Segundo o SGB, o monitoramento do rio leva em consideração cotas de referência baseadas na cheia recorde de 2021, quando o nível chegou a 30,02 metros. A atual medição já ultrapassou o patamar de alerta (27,00 metros) e avança pela fase de inundação. A próxima classificação seria a de “inundação severa”, a partir dos 29,00 metros. Foto: Alexandre Eudogio/ CM7 Brasil. Apesar da elevação constante — só no mês de abril, o rio subiu 1,53 metros, com ritmo médio diário de 4 a 7 centímetros —, os especialistas não preveem uma cheia de grandes proporções neste ano. Projeções divulgadas em março indicam que o Rio Negro deve alcançar entre 27,93 e 29,43 metros, com estimativa média de 28,68 metros durante o pico da cheia. Foto: Alexandre Eudogio/ CM7 Brasil. Foto: Alexandre Eudogio/ CM7 Brasil. A diferença em relação ao ano passado é notável, tanto pela magnitude do evento de seca quanto pela rapidez da transição para o período de cheia. Técnicos apontam que as variações climáticas extremas são reflexos diretos de alterações nos padrões de chuva e temperatura na Amazônia, agravadas por fenômenos como o El Niño e pelas mudanças climáticas globais. O cenário de 2024 acende um alerta para a necessidade urgente de ações estruturais e planejamento em longo prazo para lidar com os extremos ambientais na região amazônica. Moradores das zonas mais vulneráveis já começam a relatar os primeiros impactos da cheia, como dificuldade de acesso, comprometimento de plantações e riscos à saúde. Enquanto o nível da água continua subindo, a atenção agora se volta para o monitoramento diário feito pelo Porto de Manaus e pelo SGB, que deve orientar ações emergenciais e medidas preventivas nas próximas semanas

fonte:cm7

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