Nas conversas com aliados nos últimos dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou que tem pressa em resolver os palanques regionais onde há conflitos entre aliados.
Para interlocutores, tem dado o dia 10 de junho como prazo limite para a solução de impasses. A avaliação é que, se passar dessa data, pode atrapalhar a campanha, criando uma pauta negativa com prejuízo em estados importantes.
Na reunião de segunda-feira (23) com representantes de partidos, Lula chamou o presidente do PSB, Carlos Siqueira, e foi direto:
“Vamos resolver logo o palanque de São Paulo. Vamos marcar com o Márcio França para fazer o palanque com o (Fernando) Haddad e o PSOL”, disse Lula na frente de outros presidentes de legendas.
A grande preocupação no PT é que França insista na candidatura ao governo de São Paulo, fragilizando o palanque de Haddad, candidato do PT ao cargo.
Isso porque o próprio Geraldo Alckmin teria que fazer campanha com França pelo estado. E Lula quer Alckmin ao lado de Haddad para diminuir a rejeição ao petista no interior paulista.
Entre outros estados com problemas considerados prioritários estão Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro – onde há impasse pela vaga de senador – e Ceará, onde o PT resiste ao nome do ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, que tem preferência do PDT de Ciro Gomes.
A solução encontrada em Minas Gerais tem sido apontada por Lula como um bom exemplo. Lá, a aliança com o PSD de Alexandre Kalil trouxe para o palanque petista a centro-direita mineira.