Conforme o órgão, o alerta é válido até o fim da onda de calor. O aviso de temperaturas acima da média começou a valer nessa segunda-feira (11/3). Em alguns locais, as temperaturas podem chegar a 40°C.
Na tarde dessa segunda, Campo Grande (MS) registrou a temperatura mais alta do ano até então: 35,8ºC.
Bloqueio atmosférico e El Niño
De acordo com Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, a atual onda de calor é resultado de um bloqueio atmosférico que impede o avanço de frentes frias pelo país, permitindo que o ar quente no centro do Brasil ganhe força, aumentando o calor.
O sistema também dificulta a formação de nuvens carregadas e mantém o ar seco e em gradual aquecimento. Segundo ele, é comum o registro de ondas de calor nessa época do ano, porém, elas costumam ser mais restritas ao sul.
Neste ano, a nova onda de calor seria explicada pelo fenômeno El Niño. Dados da Agência Americana Oceânica e Atmosférica (NOAA) indicam que a temperatura do Pacífico Equatorial Centro-Leste permanece em níveis moderados de El Niño.
Calorão
Conforme a Climatempo, a previsão indica que essa massa de ar quente deve se expandir para o Triângulo Mineiro, todo o estado de São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal, Rondônia, Roraima e uma parte dos estados do Acre, Amazonas, Pará, Tocantins e Bahia.
Diferentemente de onda de calor (que tem termos técnicos que a caracterizam), essas regiões devem ter calor intenso até sexta-feira (15/3), com temperaturas cerca de 3ºC a 5ºC acima da média.
Avisos do Inmet
O termo “onda de calor” é usado quando há aumento de temperatura de 5ºC com relação à média mensal. Quando há a persistência desse padrão de dois a três dias consecutivos, o Inmet emite um alerta de “perigo potencial”, o chamado aviso amarelo.
Já quando há a persistência desse padrão de três a cinco dias consecutivos, o instituto emite um alerta de “perigo”, o chamado aviso laranja, como o que atinge grande parte da região Centro-Sul ao longo desta semana.
Por último, quando há a persistência desse padrão por mais de cinco dias consecutivos, o Inmet emite um alerta de “grande perigo”, o chamado aviso vermelho. Em novembro, um alerta do tipo foi emitido pelo Inmet.
fonte:metropole