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Homem agride bebê de 4 meses em BH pensando ser boneco reborn

Um caso chocante ocorrido na noite de quinta-feira (6) na Savassi, região Centro-Sul de Belo Horizonte, deixou a população perplexa: um homem de 36 anos foi preso após agredir uma bebê de apenas 4 meses, alegando que a confundiu com um boneco reborn. O incidente, registrado pela Polícia Militar (PM), levanta questões sobre a febre dos bebês reborn no Brasil e os limites da percepção em situações públicas. Mas o que levou a essa confusão? E como um boneco pode ser tão realista a ponto de gerar um erro tão grave?

O que aconteceu na Savassi?
De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO) da Polícia Militar, o homem, que não teve a identidade divulgada, estava em uma fila na Savassi quando começou a interagir com a bebê, que estava com os pais. Ele insistiu que a criança era um boneco reborn, mesmo após os pais esclarecerem que se tratava de uma bebê real. Em seguida, o suspeito deu um tapa na criança, o que gerou revolta imediata entre as pessoas presentes no local. Testemunhas renderam o agressor e acionaram a PM, que o prendeu em flagrante.

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A bebê foi encaminhada ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII para atendimento médico. Felizmente, conforme o BO, ela não corre risco de morte. A Polícia Civil foi contatada pela imprensa, mas ainda não forneceu atualizações sobre o caso até o momento desta publicação.

A alegação do agressor
Durante o depoimento à PM, o homem justificou a agressão alegando que achou que a bebê era um boneco reborn e que os pais da criança estariam usando-a para obter prioridade na fila. Essa alegação, no entanto, foi refutada pelos pais, que reiteraram que informaram ao suspeito que se tratava de uma criança real. O caso levanta questionamentos sobre a responsabilidade individual e a necessidade de maior conscientização em interações públicas. Como alguém pode confundir uma criança com um objeto? Será que a popularidade dos bonecos reborn está criando situações de mal-entendido?

O fenômeno dos bebês reborn no Brasil
Os bebês reborn são bonecos hiper-realistas, criados artesanalmente para se assemelhar ao máximo a bebês humanos. Com técnicas que incluem pintura detalhada da pele, aplicação de veias e manchas, e até implantação de cabelos fio a fio, esses bonecos têm conquistado colecionadores e entusiastas no mundo todo. Surgido nos Estados Unidos na década de 1990, o movimento ganhou força no Brasil nos últimos anos, especialmente nas redes sociais, onde memes, vídeos e discussões sobre bebês reborn viralizam com frequência.

Termos como “babá de reborn”, “creche para reborn” e até “aniversário de bebê reborn” têm circulado em plataformas como X, TikTok e Instagram, muitas vezes acompanhados de humor ou polêmica. A popularidade desses bonecos, no entanto, também gera debates: até que ponto o realismo extremo pode confundir pessoas em contextos do dia a dia?

Por que os bebês reborn são tão realistas?
A criação de um bebê reborn envolve um processo minucioso. Artesãos utilizam materiais como vinil e silicone, aplicando camadas de tinta para simular tons de pele, sardas e até vasos sanguíneos. Olhos de vidro e cílios implantados manualmente contribuem para o efeito realista. Segundo a *International Reborn Doll Artists Association*, o mercado global de bebês reborn movimenta milhões de dólares anualmente, com preços de bonecos variando de R$ 500 a mais de R$ 10 mil no Brasil, dependendo do nível de detalhamento.

Impacto social
O caso de Belo Horizonte expõe um lado preocupante da popularidade dos bebês reborn. Embora sejam objetos de coleção e, para muitos, uma forma de expressão artística ou até terapia emocional, o realismo extremo pode gerar situações de confusão, como a ocorrida na Savassi. Especialistas em psicologia social, como a Dra. Maria Helena Franco, da PUC-Minas, apontam que a hiper-realidade dos bonecos pode desafiar a percepção em contextos de distração ou pressa. “Em um ambiente movimentado, como uma fila, a falta de atenção pode levar a erros graves de julgamento”, explica a pesquisadora em entrevista à imprensa local.

Além disso, o incidente reacende discussões sobre a segurança de crianças em espaços públicos e a importância de uma comunicação clara entre indivíduos. Como evitar que situações assim se repitam? É necessário regular a produção ou o uso de bonecos hiper-realistas? Essas são questões que permanecem em aberto.

Próximos passos do caso
A Polícia Civil de Minas Gerais segue investigando o caso, e o suspeito pode responder por lesão corporal, com agravantes devido à vítima ser uma criança. A sociedade, por sua vez, espera por justiça e por medidas que garantam a segurança de bebês em ambientes públicos. Enquanto isso, a febre dos bebês reborn continua a crescer, trazendo tanto fascínio quanto controvérsias.

Fonte: AM POST.

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