Nove integrantes de um grupo criminoso especializado na aplicação de golpes de falsa redução de dívidas de financiamento bancário foram presos durante a Operação Loki que ocorreu simultaneamente no Amazonas, São Paulo e Paraná.
A operação da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio do 30º Distrito Integrado de Polícia (DIP), em conjunto com as Polícias Civis de São Paulo e Paraná, contou com o apoio do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), Departamento de Inteligência e Polícia Judiciária (DIPJ) e Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos (Dercc).
Durante coletiva de imprensa, o delegado Mauro Duarte, titular do 30° DIP, informou que a empresa denominada “Solução Financeira” atraía centenas de vítimas por meio de propaganda em veículos de comunicação, prometendo falsamente reduzir as dívidas de financiamento de veículos em até 70%.
“Eles investiam bastante em propaganda com o objetivo de atrair o maior número possível de vítimas. Chegando lá, as pessoas fechavam os contratos e pagavam entre R$ 4 e 20 mil, davam um valor de entrada e parcelavam o restante em vários boletos. No entanto, após alguns meses, as pessoas percebiam que nada havia sido feito e acabavam tendo seus veículos apreendidos caso não negociassem diretamente com os bancos”, explicou o delegado.
Ainda segundo a autoridade policial, as investigações que culminaram na operação contra o grupo criminoso tiveram início há cerca de dois meses. As apurações revelaram que a organização atuava em 14 estados brasileiros e 24 municípios amazonenses. Inicialmente, seis vítimas foram identificadas na capital amazonense.
Diante das evidências coletadas, a Polícia Civil solicitou à Justiça o bloqueio de bens dos envolvidos, a suspensão das atividades da empresa utilizada para praticar os crimes e a prisão preventiva dos suspeitos.
Operação Loki
O nome da operação faz referência ao Deus da trapaça e da mentira na mitologia nórdica. A escolha do nome foi proposital, simbolizando a natureza enganosa dos crimes praticados pela organização criminosa.
Durante a operação, foram presos os donos da empresa investigada, Daniella Weiber e Thiago Aldo, em Cascavel (PR). E seis funcionários foram presos, temporariamente, em Manaus; e um gerente em Campinas (SP). As investigações irão continuar para averiguar a participação dos funcionários nos crimes.
Na sede da empresa, localizada na avenida Urucará, bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão. Na ocasião, foram apreendidos 18 computadores, mais de 20 aparelhos celulares e centenas de contratos e carnês bancários.
Os donos e funcionários da empresa responderão pelos crimes de estelionato, associação criminosa, sonegação fiscal, não fornecimento de nota fiscal de serviço e lavagem de dinheiro. Todos passarão por audiência de custódia e ficarão à disposição do Poder Judiciári
Fonte: D24am.