Notícias de Manaus – Durante o cumprimento dos mandados judiciais da operação “Véu de Areia”, deflagrada nesta terça-feira (5/8) em Manaus, agentes do Ministério Público do Amazonas (MPAM) e da Polícia Civil apreenderam uma série de itens de alto valor que expõem o padrão de vida luxuoso mantido pelos investigados por meio de atividades ilícitas. Entre os bens confiscados estão bolsas de grife, relógios de luxo, joias e grandes quantias em dinheiro vivo.
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Os materiais foram encontrados em residências de alvos da operação, incluindo imóveis ligados ao homem apontado como líder da organização criminosa, que já está preso preventivamente. Todos os itens apreendidos foram encaminhados à sede do Ministério Público e devem ser incorporados ao processo como provas do enriquecimento ilícito e da lavagem de dinheiro praticada pela quadrilha.
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De acordo com os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a ostentação dos investigados é incompatível com a renda declarada por eles e suas empresas, que atuavam como fachadas para dissimular o dinheiro oriundo do tráfico interestadual de drogas.
A promotora Priscila Carvalho Pini destacou, durante coletiva de imprensa, que a apreensão dos bens de luxo reforça o vínculo entre o tráfico de drogas e o estilo de vida ostentado pelos membros da organização. “Relógios de altíssimo valor, bolsas de marcas internacionais e quantias em espécie que ultrapassam valores razoáveis foram encontrados. Esses elementos corroboram a linha investigativa que aponta para um esquema de lavagem de dinheiro sofisticado”, disse.
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Além dos objetos de luxo, a operação também determinou o bloqueio de 18 imóveis e o sequestro de mais de R$ 10 milhões em contas bancárias e empresas dos investigados. Os mandados foram cumpridos com apoio da procuradora-geral de Justiça, Leda Mara Albuquerque, e atingiram ramificações em outros estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Pará.
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O nome da operação, “Véu de Areia”, faz referência à fragilidade da estrutura criminosa, sustentada por empresas fictícias e movimentações financeiras opacas. O coordenador do Gaeco, promotor Leonardo Tupinambá, explicou que a estratégia da operação é atacar diretamente o patrimônio do crime organizado, impedindo que os investigados continuem se beneficiando de recursos obtidos ilegalmente.
Segundo o MPAM, os objetos apreendidos não serão apenas catalogados como bens confiscados, mas também utilizados como evidências materiais da lavagem de capitais e da tentativa dos criminosos de dar aparência lícita a uma fortuna construída sobre o crime.
A operação segue em sigilo de Justiça, e novos desdobramentos não estão descartados, incluindo possíveis prisões dos outros dez denunciados.
Fonte: AM POST.