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Felca expõe adultização e exploração infantil nas redes sociais e mostra como algoritmo favorece pedófilos

Brasil – O youtuber e humorista Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, causou grande repercussão ao publicar, na última quarta-feira (6/8), um vídeo de 50 minutos denunciando a adultização, sexualização e exploração de crianças e adolescentes nas redes sociais. Com mais de 4,3 milhões de inscritos no YouTube e 6,5 milhões de seguidores no Instagram, Felca trouxe à tona um debate urgente sobre a exposição de menores em conteúdos sexualizados, com foco no influenciador paraibano Hytalo Santos e na jovem Kamyla Santos, de 17 anos.No vídeo, Felca acusa Hytalo, que reúne mais de 12 milhões de seguidores no Instagram, de promover um ambiente inadequado para adolescentes, incluindo festas com bebidas alcoólicas e interações que sexualizam menores, como Kamyla, que começou a aparecer em seus conteúdos aos 12 anos. “É um padrão de comportamento que acontece há anos, diante de milhões de seguidores, envolvendo crianças e adolescentes”, afirmou Felca, classificando as práticas como um “circo macabro”. Ele também destacou como o algoritmo do Instagram favorece a busca por conteúdos que podem atrair pedófilos, amplificando a exposição de menores.Repercussão e investigações Dois dias após a denúncia, as contas de Hytalo e Kamyla no Instagram ficaram fora do ar no Brasil. Embora internautas especulem uma decisão judicial, Hytalo alegou falha técnica e disse estar acionando advogados. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) informou que investiga Hytalo desde 2024 por suspeita de exploração de menores, em inquérito conduzido por promotores de Bayeux e João Pessoa. O órgão negou ter solicitado a suspensão dos perfis, mas confirmou que as apurações seguem em curso.A denúncia ganhou apoio de políticos. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) elogiou Felca por “mexer no vespeiro”, enquanto a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) reforçou a denúncia junto à Polícia Federal, cobrando ações contra perfis predatórios e responsabilidade das plataformas. Nas redes, hashtags sobre o caso dominaram os trending topics, com parte do público celebrando a suspensão das contas como proteção a menores e outros exigindo mais transparência do Instagram. O caso Kamyla Santos Kamyla, que tinha cerca de 11 milhões de seguidores antes da suspensão de sua conta, foi emancipada aos 16 anos e ganhou notoriedade ao anunciar, no início de 2025, uma gravidez do irmão de Hytalo, que acabou perdendo o bebê. Felca alega que ela é explorada para gerar engajamento, com gravações que sugerem contato físico inadequado entre menores. Ele também apontou lucros de Hytalo com publicidade, como o jogo de apostas “Tigrinho”, às custas da exposição de adolescentes.Resposta de Felca às acusações Durante a produção do vídeo, Felca relatou ter sido acusado de “curtir” publicações de menores ao seguir perfis investigados. Ele negou má conduta, afirmou ter processado mais de 200 pessoas por difamação e prometeu doar os valores das indenizações a instituições de caridade. Para encerrar os processos, ele exige doações de R$ 250 às entidades indicadas e pedidos públicos de desculpas.O que diz a leijustiça? No Brasil, a exploração sexual de menores é crime, enquadrada em leis como o artigo 217-A do Código Penal, que prevê pena de 8 a 15 anos de reclusão para atos libidinosos com menores de 14 anos ou pessoas sem discernimento. Denúncias podem ser feitas pelo Disque 180 ou, em emergências, pelo 190.Contexto global: um alerta além das redes Paralelamente, um caso na Holanda reforça a gravidade da proteção infantil. Crianças passaram mal após consumir balas de goma da Haribo contaminadas com cannabis, retiradas de circulação pela Autoridade de Segurança Alimentar (NVWA). A Haribo, pioneira na fabricação de balas de goma desde 1920, colabora com as autoridades para esclarecer o caso. A legalidade da cannabis varia globalmente, mas no Brasil, o STF definiu em 2024 que 40 gramas diferenciam usuário de traficante, embora 67% dos brasileiros, segundo o Datafolha, sejam contra a descriminalização.A denúncia de Felca reacende o debate sobre a responsabilidade das plataformas digitais e a proteção de crianças e adolescentes em ambientes online, onde algoritmos podem amplificar conteúdos perigosos. A sociedade cobra medidas eficazes para combater a exploração infantil e garantir a segurança dos mais vulneráveis. – Leia mais em: https://cm7brasil.com/entretenimento/famosos/felca-expoe-adultizacao-e-exploracao-infantil-nas-redes-sociais-e-mostra-como-algoritmo-favorece-pedofilos-video/

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