O desembargador Jorge Lins, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) negou, na sexta-feira (7), liberdade para o influencer João Lucas da Silva Alves, 24, conhecido como “Lucas picolé”, que está preso preventivamente desde o dia 29 de junho, suspeito de envolvimento no esquema de fraude em vendas de rifas pela internet em Manaus.
A defesa de Lucas Picolé fez o pedido por meio de um habeas corpus direto para uma instância superior dentro do TJAM sem tentar revogar primeiro com o juiz do caso. O desembargador disse que o pedido não apresentou nenhuma decisão judicial anterior e negou a revogação da prisão preventiva.
Além de Lucas Picolé, os influenciadores Enzo Felipe da Silva Oliveira, 24, o “Mano queixo”, e Isabelly Aurora, também estão presos por suspeita de envolvimento no esquema fraudulento de rifas clandestinas em que os influenciadores que movimentou R$ 5 milhões em dois anos, segundo a polícia.
Conforme o delegado Cícero Túlio, titular da 13 Distrito Integrado de Polícia (DIP), as investigações da Operação Dracma, apontaram que os investigados atuam promovendo a divulgação de sorteios clandestinos sem registro por meio das redes sociais, ecoando posteriormente os valores, a fim de dissimular e ocultar, dificultando a atuação de autoridades de fiscalização e controle.
Foi apurado também que boa parte dos prêmios já são comprados em nome dos ganhadores antes mesmo deles ocorrerem, levando a crer que em alguns casos o proprio ganhador tem participação no esquema criminoso. Os autores chegam a anunciar rifas de veículos avaliados em mais de R$ 200 mil, cuja disputa se dá pela aquisição de bilhetes eletrônicos vendidos por centavos.
Isabelly foi presa no dia 5 de julho junto com o ex-marido dela, Paulo Victor Monteiro Bastos. Segundo a polícia, Isabelly operava na promoção das rifas e o ex atuava na lavagem de dinheiro dos lucros obtidos com os sorteios.
A polícia informou que diversas vítimas já procuram a polícia e relataram irregularidades no sorteio que era promovido pelo grupo.
Fonte: D24am.