Mundo – O bilionário Elon Musk afirmou nesta quarta-feira (12/2) que o governo dos Estados Unidos teria financiado a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Jair Bolsonaro (PL) em 2022. A declaração foi feita em uma publicação na rede social X, de sua própria propriedade, na qual ele atribuiu a suposta interferência ao chamado “deep state”, que é a rede oculta de influência dentro do governo norte-americano, que opera além do controle eleitoral e democrático. Musk não deu detalhes sobre a acusação, no entanto a afirmação já circulou anteriormente com Michael Benz, que expôs a atuação suspeita da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) na interferência eleitoral de países emergentes. Além disso, Musk mas fez a declaração em resposta a uma publicação do senador republicano Mike Lee. O congressista havia se encontrado com o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em Washington D.C. e compartilhado uma postagem do perfil @laderechadiario, que foi banido no Brasil e costuma divulgar conteúdo de direita. Papel da USAID Em 2021, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil se envolveu em pelo menos dois eventos significativos em parceria com a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), voltados para combater a desinformação e as ameaças digitais nas eleições. Este relacionamento tem sido alvo de críticas e análises, especialmente em um contexto onde a Usaid é vista por alguns como uma instituição que promove agendas progressistas ao redor do mundo. O primeiro evento, realizado em abril, foi o lançamento do “Guia de Combate à Desinformação”. Este guia foi criado pelo Consórcio para Eleições e Fortalecimento do Processo Político (CEPPS), sob supervisão da Usaid. O TSE se posicionou como um exemplo de boas práticas a serem replicadas globalmente, conforme relatado em publicações no site do próprio Tribunal. A iniciativa foi descrita como uma resposta ao “desafio que a desinformação representa à democracia no mundo todo”, visando tornar as eleições mais legítimas, transparentes e seguras. Já em dezembro do mesmo ano, um encontro virtual intitulado “Eleições e a transformação digital” reuniu o então presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, junto a representantes internacionais. O foco foi, novamente, discutir estratégias para lidar com ameaças digitais que poderiam comprometer a integridade dos processos eleitorais. Barroso fez um apelo para que as plataformas de redes sociais atuassem de forma mais ativa ao lado das autoridades eleitorais. Durante as eleições presidenciais brasileiras de 2022, os Estados Unidos eram governados pelo democrata Joe Biden, opositor de Donald Trump, aliado de Bolsonaro. No Brasil, a declaração do bilionário foi rapidamente repercutida por políticos aliados de Bolsonaro. Eduardo Bolsonaro celebrou o que chamou de “ganho de destaque” do país entre congressistas dos Estados Unidos e sugeriu que uma comitiva norte-americana poderia visitar o Brasil para apurar denúncias de “censura”
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