Notícias do Brasil – O empresário Laerte Codonho, dono da fábrica de refrigerantes Dolly, foi condenado a um total de 16 anos de prisão por corrupção ativa, crime ambiental, falsidade ideológica e falsificação de documento particular na Grande São Paulo. A decisão foi publicada na última quinta-feira (13) pela Justiça de Itapecerica da Serra.
A sentença determina que Codonho cumpra 11 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado, enquanto os quatro anos e 10 meses restantes, referentes às acusações de menor gravidade, serão iniciados em regime semiaberto. Além da pena privativa de liberdade, ele também foi condenado a pagar uma multa superior a R$ 550 mil. A defesa do empresário ainda pode recorrer da decisão.
Desmatamento e suborno
As investigações apontam que Codonho comandou o desmatamento ilegal em uma área preservada em São Lourenço da Serra, região metropolitana de São Paulo. A obra irregular teria causado inundações e prejuízos aos moradores locais. Para evitar punições e viabilizar o empreendimento, ele teria pago propina a policiais militares e civis, além de um então diretor de Obras da prefeitura.
A Justiça afirma que Codonho utilizou sua influência como líder do Grupo Dolly para operar à margem da lei. “O empresário era a mente por trás dos atos criminosos e empregou esforços para burlar normas e seguir com seus interesses particulares”, diz a decisão do juiz Djalma Moreira da Silva Gomes.
Defesa contesta acusação
Codonho contesta a sentença e alega que sua condenação foi “armada” por promotores do Ministério Público de São Paulo (MP-SP). O empresário diz que os integrantes do Gedec (Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos), responsáveis pela investigação, teriam ligações com seus concorrentes no mercado de bebidas.
Apesar das alegações da defesa, a Justiça manteve a decisão e ressaltou a gravidade das infrações cometidas pelo empresário. O caso segue em discussão nos tribunais, podendo ser levado a instâncias superiores em eventual recurso.
Fonte: AM POST.