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Corpo de jovem vítima de feminicídio em Mato Grosso chega a Manaus e é velado por familiare

O corpo de Sabrina Soares da Silva, de 25 anos, vítima de feminicídio em Apiacás, Mato Grosso, chegou a Manaus na madrugada desta sexta-feira (19) e está sendo velado por familiares e amigos na capital amazonense. Sabrina foi morta a golpes de faca na última sexta-feira (12), crime cometido pelo ex-companheiro, Gelson, de 38 anos, com quem mantinha um relacionamento marcado por conflitos e episódios de violência.

Natural de Manaus, Sabrina havia se mudado inicialmente para Santarém (PA), onde conheceu Gelson. O relacionamento durou cerca de um ano, mas, segundo familiares, foi permeado por brigas constantes e controle excessivo por parte dele. Pouco tempo depois, o casal se mudou para Apiacás (MT), após Gelson receber uma proposta de trabalho em área de garimpo.

De acordo com relatos da irmã da vítima, Kelly, Gelson não aceitava que Sabrina continuasse trabalhando em um bar da região. “Ele não queria que ela trabalhasse mais no bar. No dia do crime, ele chamou minha irmã para sair. Ela acreditava quando as pessoas pediam perdão. Ela saiu para jantar com ele, acompanhada de duas amigas. Foi quando ele deu um mata-leão e, em seguida, desferiu uma facada no pescoço dela, que morreu na hora”, relatou.

Prisão do suspeito

Após o crime, Gelson fugiu do local, mas acabou sendo preso na última segunda-feira (15) no estado do Pará. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Polícia de Brasil Novo (PA) e permanece à disposição da Justiça. A expectativa da família é de que ele seja julgado e condenado pelo crime de feminicídio.

“Meu sentimento é de justiça feita porque ele está preso, mas eu quero que ele continue preso, que seja condenado. Porque a vida da minha irmã, justiça nenhuma vai trazer, mas ele condenado vai aliviar”, desabafou Kelly durante o velório em Manaus.

Dor e despedida

A chegada do corpo à capital marcou um momento de profunda comoção para familiares e amigos. O velório acontece em clima de luto e revolta, refletindo a dor pela perda e a indignação diante de mais um caso de feminicídio. “Eu estou aguardando meus pais, que embarcam hoje do interior do Amazonas, para a gente enterrar ela juntos”, disse a irmã da vítima.

O caso chama a atenção para a persistência da violência contra mulheres no Brasil. Dados de organizações de direitos humanos reforçam que o feminicídio continua sendo uma das expressões mais graves da violência de gênero no país, exigindo medidas mais firmes de prevenção, proteção às vítimas e punição rigorosa aos agressores.

Fonte: AM POST

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