Pesquisadores do Instituto Gulbenkian de Ciência, em Oeiras, Portugal, desenvolveram acidentalmente um embrião de rato com seis patas e sem órgãos genitais. Os membros adicionais surgiram onde estariam os órgãos genitais dos animais.
(Foto: Anastasiia Lozovska et al/Nat. Communications)
Criado acidentalmente graças a modificações genéticas, o bicho foi descrito em um artigo científico publicado no último dia 20 de março, na revista Nature Communications. Esta não é a única peculiaridade do roedor, já que muitos de seus órgãos internos, como o intestino, estão fora do abdômen. A pesquisa mostra como alterações na estrutura 3D do DNA podem afetar o desenvolvimento de fetos.
(Foto: Anastasiia Lozovska et al/Nat. Communications)
O estudo foi liderado pelo biólogo Moisés Mallo, focando na proteína receptora Tgfbr1, que participa de vários aspectos do crescimento embrionário. Os cientistas apontaram que o animal pode oferecer informações significativas sobre a Tgfbr1. Inicialmente, os especialistas investigavam o papel dessa proteína na formação do embrião de camundongos.
Os resultados do estudo abrem possibilidades para futuras pesquisas em áreas como câncer metastático e função imunológica, além de investigar se o mesmo mecanismo está por trás do desenvolvimento do hemipênis, um dos órgãos reprodutores dos lagartos e cobras.
Fonte: D24am.
