Cerca de 300 mil famílias de baixa renda do Amazonas têm direito a Tarifa Social de energia elétrica, mas somente 240 mil fazem uso do benefício. A concessionária Amazonas Energia afirmou hoje (3), por seu diretor Radyr Oliveira, que quer a inclusão dessas 60 mil famílias remanescentes no benefício.
Desde 2022, o cadastramento das famílias de baixa renda no benefício é automático, mas para que isso ocorra é preciso que estejam inscritas no CadÚnico, o cadastro único para programas sociais do governo federal.
A Tarifa Social concede descontos de até 65% no pagamento das faturas, de acordo com a faixa de consumo. Porém, depende da iniciativa do interessado de procurar a inscrição no CadÚnico para usufruir do direito.
Em entrevista exclusiva ao BNC Amazonas nesta quarta (3), o diretor institucional Radyr Oliveira falou, entre outros temas, do potencial de ampliar o número de amazonenses como beneficiários da Tarifa Social.
“O potencial é de 250 mil a 300 mil famílias que podem ser inseridas na tarifa social”, disse ao jornalista Neuton Corrêa.
O diretor afirmou que residências que consomem até 30 kilowatt-hora (kWh) têm 65% de desconto, o que equivale a R$ 7,21.
O diretor afirmou que residências que consomem até 30 kilowatt-hora (kWh) têm 65% de desconto, o que equivale a R$ 7,21.
Já as residências que consomem entre 31 kWh/mês a 70 kWh/mês recebem desconto de 40% na fatura, cerca de R$ 21.
Quando o consumo fica entre 101 e 220 kWh/mês, o desconto concedido é de 10%, conforme Oliveira.
“É importante deixar claro que a fatura não precisa estar no nome do titular. Se tiver alguma pessoa na família inserida no CadÚnico, a gente cruza os dados com a UC (unidade consumidora) e o benefício é concedido da mesma forma. Algumas pessoas não entendem isso e temos feito campanha para explicar essa condição para que a população com esse direito receba devidamente o seu benefício”.
Segundo o diretor, Manaus têm 20 pontos de atendimento do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) que fazem a inserção das famílias no CadÚnico para que as pessoas com o direito à Tarifa Social de energia elétrica possam fazem uso dele.
Polêmico medidor aéreo
Oliveira comentou o impedimento da concessionária de instalar os novos medidores de energia, o Sistema de Medição Centralizada (SMC), desde março deste ano.
A suspensão é resultado de uma liminar do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM), em atendimento à ação da Defensoria Pública do Estado (DPE), além da lei 3.024/2023, sancionada pelo prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), que proíbe a instalação dos equipamentos aéreos sob argumento de poluição visual.
Conforme o diretor, a concessionária vai recorrer da proibição com o seu corpo jurídico, em conjunto com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).
E enquanto não há um novo desdobramento, trabalha em outras frentes para evitar perdas na distribuição de energia. Por exemplo, citou combate ao furto e campanhas de descontos para inadimplentes.
“Vamos conseguir. Tenho certeza absoluta porque as pessoas são inteligentes e vão perceber que onde foi instalado o medidor têm pessoas que dizem que até baixou o consumo”
Oliveira ressaltou que o sistema aéreo é seguro e gera benefícios para todos os envolvidos.
“Não é só o medidor. Quando vamos fazer a instalação desse equipamento, revitalizamos toda a área que não tinha investimento há anos. Trocamos poste, cabos e transformador, além de tornar aquele ambiente mais agradável e a distribuição de energia ganha mais qualidade e segurança para a população”.
FONTE: BNC Amazonas