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Flamengo abusa dos erros individuais, se desorganiza e volta de Fortaleza com alerta ligado

Uma equação que não tinha como dar certo para o Flamengo no Ceará: desorganização, erros individuais e falta de atenção na reta decisiva do jogo. A vitória do Fortaleza na noite de quarta-feira no Castelão expôs deficiências que foram além dos desfalques e fez o alarme aumentar em decibéis no Ninho do Urubu.

O sonho quase utópico de ganhar tudo foi por água abaixo com um mês de setembro sem vitórias no Brasileirão. Choque de realidade para um time que ainda está perto de fazer história, mas precisa refletir sobre os próprios erros e uma queda de performance que não passa somente pelo que aconteceu na capital cearense.

A derrota de virada escancarou, acima de tudo, o que todo mundo está cansado de saber: o peso das ausências de Éverton Ribeiro e Arrascaeta. O curioso é que até parecia que Dorival Júnior tinha encontrado soluções para ter as rédeas da partida. Foi assim em um primeiro tempo onde David Luiz, Thiago Maia, Léo Pereira e Filipe Luís fizeram bem o balanço da bola de um lado para o outro em busca de espaços e sem rifar para os jovens na frente.

Com 77% de posse de bola, o Flamengo até oferecia espaços tentadores ao Fortaleza. Não à toa, foi assim que saiu o primeiro gol de Pedro Rocha, após interceptação de passe errado de Rodinei que abriu caminhos numa defesa que estava exposta por suas ações com a bola. A desvantagem, no entanto, não gerou desorganização.

Flamengo seguiu dono da bola, empatou e virou com Gabriel em pênalti que retrata a estratégia da equipe. David Luiz encontrou espaços para servir Mateusão, que foi derrubado por na área. O jogo parecia controlado.

A saída de Filipe Luís por mal-estar pesou na organização na saída de bola, e o Flamengo permitiu que o Fortaleza logo empatasse. Em noite muito ruim, João Gomes errou passe e depois não acompanhou Thiago Galhardo, Léo Pereira deu o bote sem tempo de bola, e Pedro Rocha empatou.

Se mandar para o ataque não seria a opção mais inteligente para um Flamengo com poucos jogadores com capacidade de reter a bola na frente. Mateusão e Victor Hugo até demonstraram vontade, Matheus França foi ousado, mas o Fortaleza encurtava os espaços para tentar uma pressão.

 

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A troca de peças no fim permitiu isso. Peterson e Pedrinho não conseguiram entrar no jogo, Matheuzinho, Ayrton Lucas e Diego jogaram mal, e o Fortaleza partiu para o abafa com bolas aéreas e chutes de longa distância.

Santos até parecia apresentar a já conhecida frieza e segurança, mas pecou no fim. Moisés limpou João Gomes e encheu o pé, o goleiro rebateu para o meio, e Caio Alexandre virou.

Há quatro rodadas sem vencer no Brasileirão, o Flamengo recebe um chacoalhão às vésperas da sequência decisiva para o ano. Dias 12, 19 e 29 estão logo ali, e as lições estão na mesa.

FONTE:  GE

 

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