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Inimigo da ZFM, Governo Federal quer transformar o Amazonas em “mero estado consumidor”, diz Omar Aziz

Na opinião do senador Omar Aziz (PSD), os sucessivos ataques do Governo Federal ao modelo Zona Franca de Manaus têm um único objetivo: destruir o modelo e transformar o Amazonas em um “mero estado consumidor” das regiões Sul e Sudeste.

Em entrevista à Rede Amazônica na manhã desta terça-feira (6), o candidato à reeleição disse que a intenção do presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou clara nos conteúdos dos decretos que determinaram a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), sem isentar os produtos fabricados no PIM amparados pelo PPB (Processo Produtivo Básico).

O IPI, de acordo com o senador, é um instrumento estratégico na sustentação da ZFM. “Mas, se o Governo Federal acabar com o IPI, acaba com a competitividade da ZFM”, alertou ele, salientando que a extinção do IPI está na pauta do presidente para destruir a ZFM “para transformar o Amazonas em um mero estado consumidor”.

Operação desmonte

Conforme Omar Aziz, os decretos hostis à ZFM são, na realidade, parte de uma espécie de operação de desmonte da infraestrutura que mantém a ZFM.

Além da extinção do IPI, o parlamentar cita a falta de autonomia da Suframa e o funcionamento precário do CBA (Centro de Biotecnologia da Amazônia) como provas das más intenções do Palácio do Planalto em relação à ZFM. “O CBA precisa funcionar de fato”, afirmou Omar.

SD de novo no STF

Pela segunda vez o partido Solidariedade, presidido pelo deputado federal Bosco Saraiva no Amazonas, ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar o Governo Federal a cumprir, integralmente, as determinações do ministro Alexandre de Moraes acerca da ZFM.

Diz Bosco que o governo Bolsonaro, em seu mais recente decreto, ignorou segmentos industriais que não poderiam ter sido atingidos pela redução de 35% da alíquota do IPI.

“O governo só cumpriu pela metade a exclusão dos produtos que têm o amparo do PPB, e então temos que obrigá-lo a respeitar o STF, temos que preservar os empregos da ZFM”, disse o deputado à coluna.

Javari: “Nada mudou”

Estrela do programa Roda Viva, da TV Cultura, na última segunda-feira, 5 de setembro, Dia da Amazônia, o líder indigenista Beto Marubo declarou que “nada mudou” na Terra Indígena Vale do Javari depois que uma comissão especial do Congresso Nacional visitou a região em junho passado.

Conforme Marubo, a visita não resultou em medidas práticas após o assassinato de Bruno Pereira e Dom Philips. Pior do que tudo, as ameaças de morte a líderes indígenas voltaram a acontecer, sob o terror do crime organizado na região.

Indígenas ignorados

Integrante da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), Beto Marubo criticou os candidatos à Presidência da República por esquecerem, na atual campanha política, os indígenas entregues à própria sorte no Javari.

Para ele, os candidatos viraram as costas para uma região cuja preservação é vital para o equilíbrio climático do planeta, mas que sofre com o desmatamento, com a garimpagem criminosa de ouro e com a pesca predatória e ilegal.

Poder de polícia

Consciente de que seu nome está na lista dos líderes indígenas marcados para morrer no Javari, Marubo diz ter esperança de que a troca de mandatários em Brasília, após as eleições, melhore as condições de luta contra o crime organizado na Tríplice Fronteira.

Isso acontecendo, ele sugere que o novo presidente da República reestruture órgãos como o Ibama e o ICMBio e proporcione à Funai poder de polícia para reprimir o crime nas terras indígenas.

Passo a Paço

Segundo o prefeito David Almeida, o Festival #SouManaus Passo a Paço 2022 não apenas foi seguro, como também alcançou 100% de sucesso nos espetáculos que ofereceu à população durante os quatro dias do evento.

Coordenado pela Manauscult, o festival fortaleceu a diversidade cultural e as expressões artísticas da capital, apresentando muita música, gastronomia regional e diferentes aspectos artísticos ao público.

Além de entretenimento e lazer, o público pode ainda curtir as apresentações de parkour, amostras de artes em grafite, exposição de quadros com texturas de animais silvestres amazônicos, o palco hip hop com espaço para batalha de street dances e slack liners.

Aquário gigante

Uma das grandes atrações do #SouManaus Passo a Paço 2022, encerrado nesta terça-feira (6), foi um aquário gigante retratando um dos principais cartões-postais da capital amazonense, o Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões.

Intitulado de portal “Mundo das Águas”, o espaço, com aproximadamente 30 metros de comprimento e seis de altura, foi assinado pelos artistas parintinenses Jander Lemos e Mizael Costa.

O aquário destaca o ribeirinho, a fauna e a flora da Amazônia.

12 mil em prêmio

Com o objetivo de difundir nas redes sociais as ideias, valores e princípios propagados pela campanha “Eu Voto na Amazônia Viva”, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) promove dois desafios voltados à temática de conservação da floresta, com premiação de até 12 mil.

A iniciativa inclui um hackathon, com estudantes de comunicação participando de uma maratona de desenvolvimento de conteúdos inovadores, e um concurso cultural virtual, aberto para todo o Brasil, onde serão escolhidos os melhores conteúdos inéditos sobre a conservação da Amazônia.

Semana da Amazônia

A atividade faz parte da programação especial da FAS na Semana da Amazônia, em homenagem ao Dia 5 de setembro.

O Hackathon “Desafio da Amazônia Viva” ocorre nos dias 17 e 18 de setembro, presencialmente na sede da FAS, localizada no bairro Parque Dez, sendo direcionado a estudantes de comunicação de instituições acadêmicas de Manaus.

A equipe classificada em 1º lugar receberá o prêmio de R$ 4 mil, a 2º colocação ganha R$ 2 mil e o 3º colocado, R$ 1 mil, além de troféus simbólicos.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 14 de setembro de 2022. A programação completa e o regulamento do hackathon estão disponíveis no site da FAS.

FONTE: EM TEMPO

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