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‘Cebolinha’ matou patroa e fez até churrasco para amigos

O assassinato da empresária dona do restaurante Darmanceff Liane Aparecida de Arruda, de 51 anos, que foi encontrada morta com oito perfurações de faca no pescoço, completa dois anos na próxima terça-feira (12). O crime ocorrido em Corumbá, a 440 km de Campo Grande, chocou pela frieza e crueldade do assassino.

A vítima teria reconhecido a voz de Fabiano Velasques, de 28 anos, o “Cebolinha”, que foi funcionário da vítima e conhecia a rotina dela.

Antes de ficar na casa da vítima por cerca de 30 minutos, “Cebolinha” ficou esperando por ela atrás de uma árvore, pois conhecia a sua rotina. A vítima recolheu o  na garagem, momento em que ele aproveitou e entrou na casa, que fica ao lado do estabelecimento comercial.

O suspeito estava encapuzado e rendeu Liane, que durante o roubo reconheceu a voz do seu ex-funcionário, que acabou golpeando a vítima com oito facadas.

Após assassinar Liane, “Cebolinha” roubou R$ 9,5 mil, joias, pegou o gabinete de computador que armazenava as imagens de câmeras de segurança e o carro da vítima, um Volkswagen Fox, de cor preta. Com parte do dinheiro, ele pagou dívidas, comprou bebidas e fez até churrasco para amigos.

O carro de Liane, foi encontrado abandonado próximo à pista do Aeroporto Internacional de Corumbá. Foram encontrados no veículo, garrafas de cerveja, o gabinete de computador (CPU) e um “pó branco” que estava no banco de trás. Na maçaneta da porta do lado do motorista tinha vestígios de sangue.

Após julgamento realizado na 1ª Vara Criminal de Corumbá, o juiz André Luiz Monteiro, deu a sentença onde “Cebolinha”, foi condenado por latrocínio (roubo seguido de morte) à 31 anos, 8 meses e 216 dias-multa de prisão, em regime fechado.

Dia do crime

Um funcionário de Liane relatou que chegou cedo para trabalhar, bateu na porta, mas a vítima, que morava sozinha ao lado do restaurante, não abriu. Ele esperou ainda por algum tempo e resolveu chamar a irmã da vítima.

Eles arrombaram a porta e encontraram o corpo no quarto dela. No local, havia um cofre, que estava aberto e todo o cômodo foi revirado. Uma das câmeras internas do restaurante foi coberta com toalha de mesa.

As Polícias Militar, Civil e a Perícia Técnica foram chamadas e o local foi isolado. Testemunhas informaram que a vítima costumava levar funcionários em casa depois que o restaurante fechava.

Na noite daquele sábado, “Cebolinha” ficou esperando por ela atrás de uma árvore. Quando a vítima recolheu o carro na garagem, ele aproveitou e entrou na casa. Ele estava encapuzado e rendeu Liane.

O que disse o autor

O assassino confesso disse que precisava de dinheiro para pagar dívidas e decidiu assaltar a comerciante. Contou que estava sob efeito de entorpecente e que não pretendia matá-la, mas Liane reconheceu sua voz e acabou morta com oito perfurações de faca no pescoço.

Ele assumiu o crime e disse que agiu sozinho.

Pista crucial

“Cebolinha” usava um boné, o mesmo que os policiais haviam visto em fotos durante a investigação. Isso foi crucial para confirmar a autoria do crime. Durante a reconstituição, ele apontou onde havia jogado a chave do veículo e ela foi encontrada pelos policiais.

Ele foi  em um quarto de motel, na parte alta da cidade. Do dinheiro que roubou, a Polícia recuperou apenas R$ 688,00.

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