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EUA enviam navios de guerra à Venezuela e prometem “toda a força” contra regime de Maduro

Mundo – O governo de Donald Trump (Partido Republicano) confirmou que os Estados Unidos vão enviar, em até 36 horas, três navios de guerra para a costa venezuelana como parte de um esforço ampliado para combater o narcotráfico na América Latina. A operação inclui também o deslocamento de cerca de 4 mil marinheiros e fuzileiros navais, segundo fontes da Casa Branca ouvidas pela Reuters e pela AP (Associated Press). Os navios destacados são os destróieres USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson, todos da classe Arleigh Burke, equipados com sistemas antimísseis Aegis e mísseis de ataque. Além disso, os EUA devem mobilizar aviões espiões P-8 e pelo menos um submarino de ataque, que atuarão em espaço aéreo e águas internacionais. A missão deve se prolongar por vários meses. Fontes ligadas ao governo norte-americano disseram que os meios navais poderão ser empregados não apenas em operações de inteligência e vigilância, mas também como plataformas de lançamento para ataques direcionados, caso essa decisão seja tomada pelo alto comando militar. Casa Branca endurece discurso Em entrevista coletiva nesta terça-feira (19), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, voltou a deslegitimar o governo de Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela – esquerda). — O presidente Trump tem sido claro e consistente. Ele está preparado para usar toda a força norte-americana para impedir a entrada de drogas em nosso país e levar os responsáveis à Justiça. O regime de Maduro não é legítimo, é um cartel narcoterrorista. Maduro não é presidente legítimo, é um fugitivo, declarou. Maduro reage e mobiliza milícias Em resposta, o ditador venezuelano anunciou na segunda-feira (18) a mobilização de 4,5 milhões de milicianos em todo o país, em um plano para, segundo ele, proteger a Venezuela diante das “renovadas ameaças” dos EUA. — Milícias preparadas, ativadas e armadas vão garantir a cobertura de todo o território nacional, afirmou em pronunciamento transmitido pela TV estatal. O regime também suspendeu, por 30 dias — prazo prorrogável —, todas as atividades envolvendo aeronaves pilotadas e não tripuladas, incluindo drones. A medida foi justificada como forma de “salvaguardar a segurança nacional”. Pressão diplomática e financeira No início deste mês, Trump já havia ampliado a recompensa por informações que levem à prisão de Maduro, de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões (R$ 273 milhões). Washington acusa o líder chavista de chefiar redes de narcotráfico internacionais e de representar uma ameaça direta à segurança dos EUA. Ainda nesta terça, o governo venezuelano acusou os EUA de manter 66 crianças venezuelanas separadas de suas famílias após processos de deportação. A denúncia foi feita por Camila Fabri, presidente do plano “Retorno à Pátria” e esposa do empresário colombiano Alex Saab, aliado de Maduro. Ela pediu inclusive que a primeira-dama americana, Melania Trump, interceda pela devolução dos menores. Escalada sem precedentes A movimentação militar e os embates diplomáticos aumentam o risco de uma escalada sem precedentes entre Caracas e Washington. Analistas apontam que a presença de destróieres, submarinos e aeronaves de vigilância na região coloca a crise em um patamar ainda mais delicado, podendo reconfigurar a segurança no Caribe e na América Latina. 

fonte:cm7

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