Mundo – Nesta quinta-feira (9), opositores do regime de Nicolás Maduro se reuniram em protestos históricos em Caracas e diversas cidades ao redor do mundo. A mobilização, convocada pela líder opositora Maria Corina Machado, ocorre um dia antes da posse de Maduro para mais um mandato, considerado fraudulento pela oposição. “É hoje! Você é o protagonista! Que nada lhe tire o direito de exigir liberdade e respeito ao seu voto. Nós vencemos juntos, todos nós, vamos cobrar. O mundo está conosco”, declarou Maria Corina Machado em mensagem nas redes sociais. Suas palavras inflamaram os ânimos dos venezuelanos, que lotaram praças e ruas em dezenas de cidades, do Japão à Austrália, passando pela Europa e Américas. Sob o lema “Glória, bravo povo”, trecho do hino nacional venezuelano, os manifestantes demonstraram apoio ao líder opositor Edmundo González Urrutia, que afirma ter vencido as eleições presidenciais de julho. Imagens de protestos em cidades como Bruxelas, Tóquio, Sydney e Buenos Aires mostraram multidões portando bandeiras venezuelanas e vestindo as cores amarelo, azul e vermelho. Protestos em Caracas e apoio internacional Em Caracas, espera-se a maior manifestação do dia, com a presença de Maria Corina Machado, que confirmou que sairá da clandestinidade para liderar o protesto. Edmundo González Urrutia, exilado na Espanha desde setembro, organizou uma série de encontros com líderes internacionais para reunir apoio antes de seu retorno ao país. Na República Dominicana, González será o destaque de um grande ato de solidariedade à oposição venezuelana. Já em Madri, políticos espanhóis de renome, como os ex-presidentes José María Aznar e Mariano Rajoy, além do líder do Partido Popular, Alberto Núñez Feijóo, e o nacionalista Santiago Abascal, participarão das manifestações. Mobilização global sem precedentes Segundo a organização Ganó Venezuela, os protestos abrangem todos os cinco continentes, com eventos planejados em cidades como Paris, Londres, Berlim, Washington, Bogotá e Cidade do México. A estratégia visa pressionar a comunidade internacional a não reconhecer o mandato de Maduro e apoiar a transição para a democracia no país. Os protestos marcam um momento decisivo na luta pela democracia na Venezuela, unindo cidadãos dentro e fora do país em torno de um objetivo comum: exigir respeito à vontade popular e denunciar os abusos de um regime cada vez mais isolado no cenário internacional.
fonte:cm7