Uma intensa tempestade de areia vinda do deserto do Saara pintou o céu de Atenas com tons alaranjados, alertando as autoridades gregas e preocupando a população local. O fenômeno, além de reduzir a luz solar e a visibilidade, pode representar riscos à saúde, especialmente para problemas respiratórios. O episódio, considerado um dos piores desde 2018, atingiu seu ápice na terça-feira (23/4) e deve dissipar-se ao longo desta quarta-feira. Kostas Lagouvardos, diretor de pesquisa meteorológica do Observatório de Atenas, comparou a situação à invasão de nuvens na ilha de Creta em 2018, destacando a gravidade do evento. Em sua página no Facebook, Lagouvardos compartilhou uma foto do fenômeno e fez uma comparação impressionante com o planeta Marte. Esta não é a primeira tempestade de areia deste ano, com registros anteriores entre março e abril que também afetaram partes da Suíça e do sul da França. Anualmente, o Saara lança entre 60 e 200 milhões de toneladas de poeira mineral, sendo que as partículas menores têm potencial para viajar milhares de quilômetros em direção à Europa, conforme destacam os especialistas. Além dos impactos visuais e à saúde, os ventos que carregam a areia também representam um risco aumentado de incêndios florestais. O sul da Grécia tem sido particularmente afetado, com o Corpo de Bombeiros registrando um total de 25 incêndios florestais somente na terça-feira. Na ilha turística de Paros, no mar Egeu, três pessoas foram detidas sob suspeita de iniciar acidentalmente um incêndio na segunda-feira (22/4)
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