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Caso de bebê que teve a cabeça arrancada no parto é investigado pela polícia

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga a morte de uma bebê que foi decapitado no momento do parto no Hospital das Clínicas, no bairro Santa Efigênia, região Centro-Sul de Belo Horizonte, no último dia 1º. A mãe estava grávida de apenas 28 semanas. Ranielly Coelho Santos, 34, deu entrada na unidade de saúde com pressão alta e inchaço no corpo, uma semana antes.

Ela recebeu alta, mas precisou retornar na sexta-feira (28) pois os sintomas não melhoraram. A mulher, que já é mãe de um menino, teve o parto induzido pela equipe médica. Ao BHAZ, Aline Fernandes, advogada da família, conta que o feto tinha uma má formação no pulmão.

Levando isso em conta, os profissionais avaliaram que ele corria risco de vida e por isso decidiram pelo parto prematuro. Ranielly disse à equipe que desejava uma cesárea e, inclusive, tinha recomendação médica para o procedimento. Quando questionou o que era parto induzido, os profissionais teriam somente afirmado que “seria como ela queria”.

A mulher entrou no bloco cirúrgico às 18h de domingo (30), sendo que o marido entrou na sala e a mãe dela ficou do lado de fora, acompanhando pelo vidro. Todo o procedimento só foi acabar na madrugada do dia seguinte, por volta das 3h. De acordo com a advogada, durante o parto, os médicos ouviam o coração do bebê de meia em meia hora.

O marido da paciente começou a estranhar alguns procedimentos, como o fato de vários residentes diferentes a examinarem. Pai foi retirado da sala Em um determinado momento do trabalho de parto, após fazer cortes, a médica teria subido nela para puxar a criança.

Nesse momento, o bebê teria sido decapitado. O pai notou o ocorrido e se revoltou, sendo retirado da sala por profissionais que acompanhavam o parto. Aline conta que a médica deu uma anestesia geral em Ranielly, que acordou somente na enfermaria. Segundo a advogada, a profissional chegou a pedir desculpas à família e alegou ter sido um “acidente”.

O hospital ainda teria sugerido aos familiares que assinassem um termo para afirmar que o bebê já estava morto na barriga no momento do parto. O caso foi denunciado na ouvidoria do Hospital das Clínicas.

De acordo com Aline, a unidade de saúde afirmou que faria a necrópsia por conta própria e arcaria com os gastos do enterro. Após assistência jurídica, porém, a família decidiu encaminhar o corpo ao IML (Instituto Médico Legal). Investigação aberta O resultado preliminar do laudo sai nesta segunda-feira (8), e a expectativa é de que o corpo seja liberado ainda hoje. Ranielly, que levou ao menos 60 pontos, também fez exames periciais. Por meio de nota ao BHAZ, a Polícia Civil informa que instaurou inquérito para apurar as causas e circunstâncias do ocorrido (leia abaixo na íntegra).

A reportagem também procurou o Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG), que afirmou que tomou conhecimento do caso pela imprensa e “vai instaurar os procedimentos administrativos necessários”.

“Todas as denúncias recebidas, formais e de ofício, são apuradas de acordo com os trâmites estabelecidos no Código de Processo Ético Profissional, tendo o médico amplo direito de defesa e ao contraditório”, acrescenta, em nota (leia na íntegra abaixo). O processo corre em sigilo.

A reportagem procurou o Hospital das Clínicas para um posicionamento, mas não obteve retorno até a publicação da matéria. Tão logo a instituição se manifeste, o texto será atualizado. Nota da Polícia Civil na íntegra “Em relação ao ocorrido na segunda-feira (1/5) em uma unidade hospitalar, no bairro Santa Efigênia, na capital, a PCMG informa que instaurou inquérito para apurar as causas e circunstâncias do fato.

A PCMG esclarece que procedimentos estão sendo realizados com o intuito de elucidar o caso. Tão logo seja possível, outras informações serão divulgadas.” Nota do CRM-MG na íntegra Em resposta a sua solicitação, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRM-MG) informa ter tomado conhecimento, pela imprensa, de desfecho desfavorável em parto realizado em Belo Horizonte, e vai instaurar os procedimentos administrativos necessários à apuração dos fatos.

Todas as denúncias recebidas, formais e de ofício, são apuradas de acordo com os trâmites estabelecidos no Código de Processo Ético Profissional (CPEP), tendo o médico amplo direito de defesa e ao contraditório. Em conformidade com o CPEP todos os processos correm sob sigilo.   

FONTE: CM7

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