Dezessete integrantes foram presos, na quinta-feira (4), por envolvimento em casos de sequestros e roubos. Entre os envolvidos, estão 14 adultos e 3 adolescentes. O grupo criminoso atraía as vítimas por meio de sites de relacionamento, para sequestrá-las e praticar uma série de delitos. As prisões ocorreram nos bairros Petrópolis, Coroado e Gilberto Mestrinho, situados na zona sul e leste de Manaus.
As prisões foram efetuadas pelas equipes dos 3º, 11º e 24º Distritos Integrados de Polícia (DIPs), e contou com apoio do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), da Polícia Militar do Amazonas (PMAM).
Em coletiva de imprensa realizada na sede da Delegacia Geral (DG), situada no bairro Dom Pedro, zona centro-oeste, estiveram presentes o delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Bruno Fraga; o delegado Alessandro Albino, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM); e os delegados George Gomes, Torquato Mozer e Marcelo Martins, titulares dos 3º, 11º e 24º DIPs, respectivamente.
De acordo com o delegado Torquato Mozer, titular do 11º Distrito Integrado de Polícia (DIP), as investigações concluíram, após as prisões, que o grupo criminoso atraía as vítimas por meio de sites de relacionamento.
“O grupo cooptava as vítimas por meio de sites de serviços sexuais e, em seguida, marcava o encontro, momento em que realizava o sequestro e iniciava uma sequência de torturas físicas e psicológicas, além de subtraírem valores bancários das vítimas”, explicou.
O delegado Torquato informou também, que o público alvo do grupo eram homens e mulheres, que relataram, em depoimentos, que eram torturados durante o cárcere. Além disso, o grupo também praticava roubos na zona leste contra motoristas de aplicativo.
Conforme o delegado Marcelo Martins, titular do 24º DIP, durante os trabalhos investigativos, foi possível identificar os dois cativeiros, endereçados no bairro Coroado, zona leste, onde outras vítimas foram amordaçadas e enforcadas, bem como eram ameaçadas com facas e socos.
“As vítimas eram rendidas e mantidas presas na residência, e eram liberadas mediante pagamento via transferências bancárias. Essas transações somam, aproximadamente, uma quantia superior a R$ 100 mil”, relatou.
Marcelo Martins mencionou, ainda, que a ação criminosa era dividida entre os 17 integrantes e que cada membro era responsável por capturar as vítimas, praticar as torturas e fazer a vigilância dos cativeiros.
Segundo o delegado George Gomes, titular do 3º DIP, os cativeiros eram em casas alugadas, mediante contratos com proprietários para não levantar suspeitas das atividades criminosas.
“Durante as diligências na quinta-feira (4), constatamos que haviam menores e idosos residindo nas casas, como se fossem uma família normal como qualquer outra. Os menores, inclusive, eram utilizados para a prática de crimes sexuais. Diante dos fatores apresentados, efetuamos, também, a apreensão dos menores”, relatou.
O grupo criminoso responderá por associação criminosa, sequestro, extorsão, cárcere privado e corrupção de menores. Eles ficarão à disposição do Poder Judiciário.
Fonte: D24am.