Laila Vitória Rocha Oliveira, 20, que era do Pará, foi encontrada morta e carbonizada em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na madrugada de domingo (25). O suspeito do crime é André Vilela, 37, namorado da vítima. Ele está sendo procurado pela Polícia Civil (PC). Os dois se conheceram pela internet.
De acordo com a PC, André usou uma faca e espadas para matar a Laila. Depois, ele ainda queimou parcialmente o corpo da vítima em uma lareira. A mulher era da cidade de Parauapebas e viajou até Porto Alegre no fim de janeiro para encontrar o namorado pessoalmente.
A família de Laila informou que ela Laila estava com passagem de volta para casa comprada e já tinha relatado que sofria agressões no relacionamento.
Conforme os registros policiais, André Ávila tem antecedentes. Em 2007, ele foi condenado por triplo homicídio tentado. Ele era monitorado por tornozeleira eletrônica, rompeu o equipamento e fugiu para uma área de mata. Além disso, o suspeito é popular nas redes sociais e tem mais de 30 mil seguidores. O suspeito se classifica como “necromante” e diz que faz “qualquer tipo de trabalho”, sendo chamado de mestre por alguns dos seguidores e cobrando até R$ 300 por supostas “consultas espirituais”.
Em nota, a defesa de André afirmou que ele não praticou os atos “na forma que vem sendo estampado” e disse que a “verdade real dos fatos” será esclarecida. A defesa acrescenta que ”nega com veemência que os fatos apurados nas investigações possuam motivações religiosas e ou que a jovem tenha sido mantida em cárcere privado”.
A delegada Cristiane Ramos, que investiga o feminicídio, afirma que o crime não tem relação com rituais religiosos. ”Embora a casa tenha toda aquela simbologia dessa religião, nós não verificamos nenhuma simbologia que nos leve a entender que é um tipo de ritual. O que a gente verifica é que estamos numa situação de violência de gênero relacionada ao ciúme, a uma relação que estava evoluindo com muitas brigas e muita agressividade”, diz a delegada.
Fonte: D24am